XX - XY

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Amarelo ou cinzento, preto ou verde. Ou óleo Johnson...

Hoje apercebi-me de que ainda existem espécies semi-inteligentes entre nós com direitos iguais a todos os outros. Essa espécie sui generis que lentamente toma conta e apodera-se das nossas vias de comunicação, das nossas estradas, dos nossos carros e reescreve todo um manual de etiqueta, boa conduta e regras como é o caso dessa Bíblia da vida moderna, o (perdoa-me João Catatau) Código de Estrada.
Esses seres complexos e porque não incompreendidos, que lutam por um lugar singular na sociedade. E fontes fidedignas, garantem que este plano está a ser camuflado e sobremaneira incentivado por essa classe, essa sim já num patamar bem mais elevado, os Motoristas de Autocarro.
Falo como é claro dos Taxistas.
O que será que é implantado naqueles carros quando os pintam para a "praça"? Que raio de poder sobrehumano é incutido nestas pessoas? Pergunto-me.
Hoje percebi que sou impotente no meu carro contra um destes seres, quando a conduzir essa máquina de controlo e opressão, o táxi. E tudo porque segundo me pareceu existem regras bem definidas no seio desta comunidade, qual matilha de cães selvagens.
A caminho de casa deparo-me com um taxi parado bem no centro da estrada à espera de um lugar na "praça". "Praça" é como se chama o covil. Ali fiquei largos minutos, eu e todos os outros que seguiam atrás de mim, à espera de um "jeitinho" do homem taxista.
Aparentemente não é permitido parar no covil que mais lhe convir, a discussão entre estes dois homens taxistas era coisa digna de um qualquer noticiário da TVI. E o carro ali parado, no meio da estrada, sem condutor.
Incauto e ingénuo eu... pois, dei uma buzinadelazita, assim a roçar os 2 decibéis, muito rápida, como que a chamar a atenção para o facto de que pelo menos 7 carros dependiam daquela estrada para seguir caminho. E mal se fez ouvir o meu apitinho toda a gente desatou a buzinar como se não houvesse amanhã. Acho que estavam todos de mão na buzina à espera de um que começasse. O pior era mesmo começar.
E como o estúpido fui eu, aqueles dois seres que já quase que agrediam, voltaram-se para mim e caminharam na minha direcção, como que hipnotizados pelo fraco som produzido pela minha buzina. E juntaram forças para vir até à minha janela e proferir estas palavras que jamais esquecerei, não pelo conteúdo, mas sim pela maneira como em uníssono conseguiram dizer: "´Tá com pressa amigo?"
E achei tão bonito como uma buzina pode unir e acalmar. Nunca a tinha percebido assim. E lá foram, os dois, de volta aos seus carros. Ele conseguiu parar naquela "praça" e eu fiz aquele sinal universal, aquele em que o dedo médio, que devia chamar-se "o dedo grande", fica firme e hirto ladeado pelos dois companheiros. Mas fi-lo de maneira a que não se visse. Disso não estavam eles à espera! Ahahahaha!
E como não sou de ficar assim, vou torturar-te até doer homem taxista:















posted by Mike at 1/21/2004 09:54:00 da tarde

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