XX - XY

terça-feira, setembro 28, 2004

Black

Às vezes só me apetece ler o que escreves...

E ficar assim, possesso, por algo que (ainda) não compreendo...




. . .




posted by Mike at 9/28/2004 11:24:00 da tarde 3 comments

segunda-feira, setembro 27, 2004

Anti-Clockwise



Times like these...
All this warmth outside is so inviting...
posted by Mike at 9/27/2004 09:26:00 da tarde 0 comments

Hope you get your day.


Nas fotografias as cores tornam-se acinzentadas, pintando a parede de loucos traços.

As pétalas caem da janela rodopiando no lento percurso vertical que descrevem no horizonte.
Talvez a Fé não me seja totalmente estranha. Se calhar já a havia sentido antes. Reneguei-a demasiadas vezes porque antes não sentia nada.

-Como se deixa tudo fugir?
-Abro a mão, simplesmente...
-E perdes tudo?
-Sim.
-Porquê? É estúpido isso!
-Achas? Eu amo demasiado as coisas...
-Pois. Isso não faz sentido. Então porque abres a mão?
-Por isso mesmo...



I'm driving through the desert I, met a man
Who told me of his crazy plan
He'd been walking there for 20 days
He was going to walk on
For 20 more
Said "How about a drink or a bite to eat?"
He said "No, my faith is all I need"
So then, save me
Save me mister walking man
If you can

You don't need to prove a thing to me
Just give me faith, make me believe
Come on, save me
Save me Mister walking man
If you can
Come on, save me
Save me Mister stranger
If you please save me
Save meStranger, if you please
Or am I too far gone
I see to get back home
To get back home
How about you take a ride with me
We could kill some time, shoot the breeze
He said "every whispering wind and second counts"
Oh, maybe if you walk, but you should drive around
Save me
Save meMr walking man, if you can
Come on, save me
Save me Mr stranger, if you please
Save me, save me
Stranger, if you please
Or am I too far gone
To get back home
To get back home
I don't need you to stall for some time, no
I don't need you to turn water into wine, no
I don't need you to, to fly
I'm just asking you to save me

(You might try savin' yourself)
I'm gonna save me
(You might try savin' yourself)
I swear those lips shine
(You might try savin' yourself)
As it, the moon, the moon it shines
(You might try savin' yourself)
Why don't you, save me
(You might try savin' yourself)
Come on and save me
(You might try savin' yourself)

Dave Matthews in “Some Devil”, Save Me



( )
posted by Mike at 9/27/2004 08:58:00 da tarde 0 comments

domingo, setembro 26, 2004

Just like that

Cool piano intro:
1st guitar:
2nd guitar and drums:

O mundo era plano enquanto me perdia, a vaguear no fumo que parecia formar desenhos em pastel.
Gostava de ver como ela ouvia os pensamentos perdidos e os coloria de azul, vermelho, amarelo, castanho. Era como o frio do gelo quando todas as cores se misturavam em pura sorte enquanto me despedia do minuto que acabava.
E não disse nada porque no vácuo não se ouve o bolso cheio de cinza.
Disseste que era ontem, mas não tenho esse tempo.
E se arrancar a diferença de algodão e o rio prateado do plano para mudar o mundo?
Queria dançar mas não tenho os teus 38 dias de caminhada.
Foi bom, como dedos cheios de lama num lençol do tamanho do lago em que me reflecti a pensar no todo.
Lembrei-me do dia em que enterrei no chapéu os olhos de violino.

Fade out...


Pray for us sinners by Gabrieli



posted by Mike at 9/26/2004 11:13:00 da tarde 0 comments

sábado, setembro 18, 2004

O riso que me contagia...

De repente o silêncio...
Sentiu as paredes do quarto ficarem cada vez mais longe, longe.
A pálida luz da vela afastava tudo de si, estava longe.
Como se tudo estivesse a crescer ou então ele a diminuir.
E de repente fixou um ponto na parede e deixou-se ir na tenebrosa escuridão, perdido e assustado. Sentiu um frio percorrer-lhe o corpo e ouviu música. Não conseguia perceber o que era, mas acalmou-o por momentos.
-Isto já foi longe demais, é sempre a mesma coisa. Adormeço e depois sonho estas merdas. Agora já sinto o frio e ouço música. Não deveria ouvir música. Não se ouve música nos sonhos. Nem deveria perceber ali o letreiro vermelho que diz “NO LOITERING ALLOWED”. Não se lê nos sonhos. Não se vê cores nos sonhos.
As asas de algo levantaram vento suficiente para levá-lo pelo ar, como se de uma pena se tratasse. Rodopiava e caía. Rodopiava e levantava voo outra vez, sempre sem tocar o solo. Era leve, muito leve, tão leve e pequeno que nem se sentia vivo. Por debaixo de si via luzes de todas as cores que de maneira estranha lhe aqueciam a alma, ou outra coisa qualquer que lhe trazia bem estar.
O rodopiar no ar deixava-o perdido e desorientado, ouvia pessoas a falar,
-Estarão mesmo a falar?
gritos e risos, barulhos ensurdecedores e silêncios assustadores,
-Mas afinal o que se passa?
as luzes pareciam fundir-se num espectro confuso até tudo ser branco, depois vermelho, depois preto. Tudo era preto e já não se ouvia nada a não ser o barulho de algo muito pequeno a cair, a rodopiar num imenso mar negro de ar...
-Sem dúvida o sonho mais estranho que tive... Estranho é que sinto-me acordado, consigo até controlar os meus movimentos e pensar. Quando acordar quero lembrar-me disto. Nunca tinha sonhado que estava a voar. Pensando bem, não estou a voar, estou a cair, mas este silêncio... E esta escuridão não me deixa ver o solo, não há chão?
O instinto levou-o a mexer os braços. Percebeu que se o fizesse ritmadamente conseguia controlar a sua queda e eventualmente elevar-se. Estaria mesmo a elevar-se? Ou simplesmente a pairar? Não o conseguia perceber...

A continuar...


FireHand by Motiongraphicdesign

I'm Open


A man lies in his bed in a room with no door
He waits hoping for a presence, something, anything to enterA
fter spending half his life searching, he still felt as blank
As the ceiling at which he's staring
He's alive, but feels absolutely nothing
So, is he?
When he was six he believed that the moon overhead followed him
By nine he had deciphered the illusion, trading magic for fact
No tradebacks...So this is what it's like to be an adult
If he only knew now what he knew then...

Vedder in "No Code", I'm Open





posted by Mike at 9/18/2004 11:25:00 da tarde 3 comments

Seeking for blue in a red world

Se eu pudesse me redesenhar, não passaria das mãos...


Hands
posted by Mike at 9/18/2004 05:59:00 da tarde 1 comments

sexta-feira, setembro 17, 2004

Na penumbra.

Prostrado no chão olho o céu e penso na minha sorte. Esta vedação de arame farpado que tão bem conheço faz-me perceber o quão sortudo sou. A liberdade dos meninos que ali brincam, pontapeando aquela bola desordeiramente deixa-me absolutamente assustado.
Aqui dão-me comida e só tenho que engraxar as botas dos soldados, obrigam-me a acordar cedo porque o dia aproveita-se cedinho quando ainda é noite.
A comida essa, é suficiente para me manter acordado no frio que faz na nossa cabana. Assim zelo pela minha mãe e avó que já não se mexem muito bem.
Às vezes trazem-me pão.
E eles ali a dar pontapés numa bola.
posted by Mike at 9/17/2004 05:58:00 da tarde 0 comments

quinta-feira, setembro 16, 2004

Pela tatuagem

Gostava de perceber isto...
E de indicar o site a quem tem por hábito plagiar tatuagens...
posted by Mike at 9/16/2004 09:13:00 da tarde 2 comments

O calcanhar de Aquiles.

Como pode alguém que me faz sentir tão bem, fazer-me sentir tão mal? As pessoas são mesmo assim? Perdem o respeito pelo próximo porque estão incomodadas com alguma coisa?
Não gosto disso, mas pensando bem até eu já fui assim e tenho feito um esforço por mudar e encontrar-me. E comecei por mudar coisas que não gostava em mim. Deixei de fumar, comecei a prestar atenção ao meu corpo, a comer melhor e a perceber na beleza que está à minha volta. Gosto de pessoas. Não gosto particularmente de estar vulnerável, porque sinto que perdi as minhas defesas, e ter alguém a aproveitar-se disso. É de muito mau gosto e de uma covardia tremenda.
Agora, a cada dia que passa, ou melhor a cada manhã, escolho uma coisa nova para fazer e escolho aquelas que me são particularmente difíceis. Hoje, escolhi voltar a uma das minhas paixões, escolhi não usar a desculpa do tempo, porque se pensarmos bem na relatividade do mesmo, percebemos que no fundo não faz mesmo sentido não ter tempo...
Assim, mais forte que ontem e bem mais fraco que amanhã, quero agradecer a todos aqueles que de uma maneira ou doutra me tornaram mais forte e uma pessoa melhor.
Será melhor agora andar sempre de botas? Sempre protejo melhor o calcanhar...
posted by Mike at 9/16/2004 08:41:00 da tarde 0 comments